As malformações uterinas são anormalidades na anatomia do útero decorrentes de falhas no desenvolvimento dos genitais femininos, ainda na fase embrionária.
Muitas mulheres com malformações no útero são assintomáticas, o que torna difícil o diagnóstico precoce. Muitas anormalidades são encontradas somente após complicações como abortamento de repetição, restrição de crescimento fetal e parto prematuro.
Como as malformações uterinas acontecem?
Em torno da nona semana de vida intrauterina, os ovários são formados e os ductos de Müller se fundem para formar o útero, as tubas uterinas e a parte superior da vagina. Assim, as malformações uterinas resultam de falhas na fusão dos ductos de Müller ou na reabsorção desses canais.
Tipos de malformações uterinas
Útero bicorno
Em vez de sua aparência normal, o útero se parece mais a um coração, com um recorte na sua parte superior. O bebê em gestação fica com menos espaço para crescer do que tem num útero normal.
Útero unicorno
O órgão não se desenvolve corretamente, tendo apenas metade do tamanho normal. É bem raro.
Útero duplo ou didelfo
É caracterizado pela presença de dois úteros completamente desenvolvidos, cada um deles formado por um corpo, ligado à trompa de falópio correspondente.
Útero septado
A cavidade interna do útero é dividida por uma parede longitudinal, chamada septo. O septo pode ir só até metade do caminho ou chegar até o colo do útero.
Útero retrovertido
Normalmente, o útero se posta na posição anteversa (inclinado para frente), mas algumas mulheres têm útero retroverso (inclinado para trás).
Malformações uterinas e fertilidade
Nem todos os tipos de malformações uterinas impedem a gestação, ou seja, é possível que o bebê se desenvolva e chegue ao momento do parto sem intercorrências. No entanto, as anomalias podem resultar em:
- Falhas na implantação embrionária;
- Abortamentos recorrentes;
- Restrição no crescimento fetal;
- Parto prematuro;
- Dificuldades no parto.
Existe tratamento?
A cirurgia tem o objetivo de restaurar a anatomia do útero e recuperar a fertilidade da mulher, mas nem sempre é uma possibilidade. As intervenções cirúrgicas são reservadas somente aos casos de perdas gestacionais recorrentes. Mulheres diagnosticadas com infertilidade primária e que não apresentam sintomas não devem recorrer às técnicas cirúrgicas.
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