Cólica menstrual forte é normal?

cólica menstrual

A cólica menstrual faz parte da vida da maioria das mulheres, mas quando  o desconforto se torna intenso e recorrente, deve ser investigado detalhadamente por um ginecologista. 

Por que acontece a dor da cólica menstrual?

A cada menstruação, o útero reveste as paredes internas para o desenvolvimento de um bebê. Quando a fecundação não acontece, ele precisa ser limpo para um novo ciclo iniciar. As cólicas são caracterizadas por uma dor aguda e intermitente no baixo ventre.

A menstruação é um fenômeno fisiológico que provoca um grau de inflamação no músculo do útero, causando a dor menstrual, conhecida cientificamente como dismenorreia.

Tipos de cólica

Classificada em dois tipos diferentes, a cólica pode ser primária ou secundária. Cada tipo tem suas causas e deve receber tratamentos diferentes.

  • Dismenorreia primária: é a cólica típica do período menstrual e não tem relação com doenças ou alterações patológicas. Pode durar algumas horas ou poucos dias.
  • Dismenorreia secundária: é a cólica menstrual intensa e quase insuportável. Ela não deve ser considerada normal, pois é resultante de doenças, como endometriose, pólipos, doença pélvica inflamatória e outras anomalias uterinas. 

Normalmente, as dores da cólica tipo II são severas e persistente durante todos os dias do fluxo menstrual, além de estarem associadas a outros sintomas, como dor durante as relações sexuais e sangramento menstrual prolongado.

Quais são as principais causas da cólica menstrual muito forte?

  • Endometriose: é o crescimento do tecido endometrial fora do útero. O processo inflamatório é mediado por um dos principais hormônios femininos: o estrogênio.
  • Adenomiose: é muito comum em mulheres acima dos 35 anos, e ocorre quando o tecido endometrial penetra no miométrio.
  • Mioma submucoso: ocorre quando um nódulo de mioma penetra, parcial ou completamente, dentro do endométrio.

O que pode potencializar o aparecimento das cólicas menstruais?

  • Café, chá preto e chá mate:  a cafeína estimula os movimentos de contração dos músculos, aumenta o ritmo do aparelho reprodutor feminino, e, assim, provoca mais cólicas.
  • Consumo de álcool: o corpo feminino tem um volume de líquido menor, mais gordura e menos enzimas para metabolizar a bebida, portanto, seus efeitos causam mais impactos.
  • Farinha branca e açúcar: esses alimentos são pobres em nutrientes e desregulam a acidez do corpo, gerando um processo inflamatório e enfraquecendo o sistema imunológico.
  • Estresse: mulheres com altos níveis de estresse tendem a ter duas vezes mais probabilidade de desenvolver dores menstruais. 

Quando buscar ajuda médica?

Quando a cólica se torna muito intensa, não é amenizada com analgésicos e afeta a rotina, a ponto de impedir a mulher de desenvolver suas atividades diárias, é hora de procurar ajuda médica.

A ginecologista também deve ser consultada quando essas dores surgirem repentinamente, intensas, em excesso ou se estenderem por muitos dias.  

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Dra. Beatriz Jorquera
Ginecologista

CRM-SP: 150101
RQE: 85000

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Dra. Beatriz Jorquera

“Médica ginecologista e obstetra com mais de oito anos de experiência.”

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