A candidíase é um desequilíbrio muito comum causado por uma espécie de fungo que vive normalmente na flora intestinal e vaginal. Apesar de existirem diversas espécies desse fungo, a maioria das candidíases são causadas por uma espécie chamada Candida albicans.
Em condições normais, a flora vaginal possui um ph ácido (entre 3,8 e 4,2) e é composta por bactérias, fungos e outros organismos que vivem em harmonia e formam uma importante barreira de defesa contra infecções.
O aparecimento da candidíase está relacionado a condições onde a mulher se encontra com uma baixa imunidade, alto teor de glicogênio (que é um derivado dos açúcares) e acidez vaginal, por esse motivo, é mais frequente em mulheres que possuem dieta alimentar rica em açúcares e carboidratos e vivências de situações de estresse, que aumentam o nível sérico de cortisol e levam a uma diminuição da imunidade.
Aproximadamente 5% das mulheres poderão desenvolver a candidíase de repetição, que é definida como 4 ou mais episódios de candidíase em um ano.
Altos níveis de progesterona também aumentam a disponibilidade de glicogênio no ambiente vaginal, que serve como uma ótima fonte para o crescimento e desenvolvimento da candida. Por causa da elevação desse hormônio no período pré menstrual, é comum que os sintomas apareçam com mais frequência nessa fase e como o ph do sangue é mais básico e acaba neutralizando o ambiente, também é muito comum que os sintomas aliviem ou se resolvam após a menstruação.
O diagnóstico pode ser feito durante o exame ginecológico e é muito importante lembrar que NEM TUDO QUE COÇA É CANDIDIASE!
Principalmente se você já realizou diversos tratamentos e persiste com a coceira ou corrimento é importante investigar outros distúrbios, como a vaginose citolítica, por exemplo.
O tratamento consiste no alívio dos sintomas e na prevenção de novos episódios e por isso inclui mudanças na rotina e no estilo de vida, terapêuticas naturais e/ou medicamentosas. Algumas orientações devem ser seguidas como dar preferência a roupas frescas e calcinhas de algodão, dormir sem calcinha, favorecer o funcionamento intestinal com consumo de água, fibras, alimentos probióticos e praticar atividade física.