A endometriose é definida como o crescimento do tecido endometrial fora do útero. É um processo inflamatório mediado por um dos principais hormônios femininos: o estrogênio. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a endometriose afeta cerca de 10% da população feminina brasileira, sendo mais frequente entre mulheres de 25 a 35 anos de idade.
Endometriose e tratamento para a dor
A dor pélvica é o sintoma principal da doença e é totalmente subjetiva. De acordo com estudos recentes, não existe relação em grau ou agressividade da endometriose com a intensidade da dor sentida. Existem pacientes que possuem endometriose leve-superficial, mas que têm crises intensas de dor.
Tratamento
Infelizmente os hormônios não são capazes de curar a endometriose. O único objetivo deles é controlar os sintomas causados pela doença e proporcionar mais qualidade de vida:
- Cólica menstrual forte;
- Dor pélvica;
- Dor durante a relação sexual;
- Alterações intestinais
Em casos mais graves e na falha da resposta terapêutica clínica, a laparoscopia é indicada. A cirurgia é realizada por vídeo e tem o objetivo de remover os focos de endometriose e de cistos provocados por ela.
Como os hormônios funcionam?
Para amenizar as dores da endometriose, é preciso que a célula fora do útero fique “adormecida” e não passe pelas alterações cíclicas do ciclo menstrual. Com o tempo os seus receptores de dor são reduzidos e entram em óbito. O principal objetivo é controlar a dor. Mesmo com o uso constante de hormônios é possível que a paciente tenha crises. Nesses casos, são indicados analgésicos comuns, anti-inflamatórios e moduladores de dor crônica.
É importante deixar claro que a cirurgia (laparoscopia) é indicada apenas em casos mais graves, complexos e que não melhoram com tratamento habitual.
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