Erroneamente chamada de “ferida no colo do útero”, a Ectopia Cervical é um fenômeno fisiológico, ou seja, NORMAL e pode aparecer em algum momento na vida da mulher.
A ectopia adquirida divide-se em hormonal, traumática e inflamatória.
A hormonal é a mais comum e pode ocorrer na adolescência, na gestação e devido ao uso de medicação estrogênica (como os anticoncepcionais hormonais combinados e a terapia de reposição hormonal).
A traumática pode ser observada em decorrência da laceração do colo no momento do parto e a inflamatória em função de cervicites (inflamações no colo do útero).
A maioria das pacientes são assintomáticas, mas em alguns casos podem apresentar certo desconforto para a mulher. Tais como aumento do conteúdo vaginal, sangramento e/ou dor após relações sexuais e, em casos mais específicos, podem causar também dor durante a relação sexual, dor pélvica e até noctúria (que é a necessidade de se levantar a noite para esvaziar a bexiga, interrompendo assim, o sono).
Esses sintomas podem ocorrer em virtude do processo inflamatório causado principalmente por agentes sexualmente transmissíveis, que podem acometer com mais facilidade o tecido ectópico.
O diagnostico pode ser sugerido pelo exame especular e confirmado pelo exame colposcópico.
A recomendação atual é tratar apenas os casos sintomáticos! E sempre após a exclusão de malignidade por meio da citologia oncótica que deverá ser solicitada para todas as pacientes.
Existem diversos tipos de tratamentos, que vão desde de eletrocoagulação, métodos químicos e, recentemente, a vaporização a laser. A ectopia cervical, na maioria dos casos, não apresenta riscos. Porém, a necessidade de acompanhamento médico é sempre importante para diagnostico correto e definição de conduta individualizada para cada paciente.