A libido feminina, ou seja, a sexualidade feminina, é indiscutivelmente primordial na vida das mulheres. Aliás, essa questão vai muito além da biologia, pois tem influências de fatores físicos, sociais e culturais.
Negar a libido atualmente é algo fora de cogitação, já que as mulheres lutaram para poder assumir seus desejos e anseios com total liberdade. No entanto, alguns fatores podem, em determinado ciclo da vida, prejudicar o desejo sexual feminino.
Vamos abordar mais a fundo esse assunto para poder ajudar mulheres que porventura estejam passando por um período de falta de desejo sexual. Desse modo, será mais fácil entender e buscar uma solução.
Libido feminina: uma questão social?
Essa é uma questão bastante debatida, pois as pessoas normalmente são influenciadas pelo ambiente em que vivem. Desse modo, a forma como o sexo é tratado e visto em determinada família pode, sim, influenciar a falta da libido feminina.
Outra questão que precisa ser considerada é o gênero, ou seja, os homens são incentivados a explorar sua sexualidade desde cedo. Já as mulheres, socialmente, são “ensinadas” a esconder e não vivenciar a sua sexualidade livremente.
Um exemplo disso é o tema masturbação, ainda hoje ele é visto como tabu para as mulheres, enquanto para os homens é algo comum e extremamente normalizado.
Tudo isso pode afetar como uma mulher vive sua sexualidade, inclusive em seu relacionamento e satisfação sexual. Desse modo, é importante buscar o autoconhecimento nesse contexto, pois isso pode trazer liberdade, aceitação e bem-estar.
E o mais importante, encontrar o caminho para uma vida sexual plena!
Além da questão social, existem outras possíveis causas para a falta de libido feminina, veja quais são no tópico a seguir.
Causas da falta de libido
Diversas podem ser as causas da falta de libido e se você se deparou com a questão, é importante ficar atenta às mais comuns. A maioria delas pode ser resolvida com uma consulta a um profissional, confira!
1. Alimentação não balanceada
Alimentos com alto índice glicêmico, alimentos ultra processados, frituras, entre outros, consumidos em excesso, podem afetar negativamente a libido.
2. Distúrbios do sono
A qualidade irregular do sono pode afetar a produção de hormônios relacionados ao desejo sexual, além de aumentar os níveis de estresse.
3. Doenças neurológicas
Condições crônicas que afetam o sistema nervoso podem diminuir a produção de dopamina, um neurotransmissor relacionado à libido feminina.
4. Fatores psicológicos
Traumas, baixa autoestima, conflitos conjugais, estresse, depressão e ansiedade são alguns exemplos de questões emocionais que podem afetar a saúde mental e o desempenho sexual. O suporte de um psicólogo ou sexólogo pode ser útil nesse processo.
5. Menopausa
Durante essa fase da vida, os ovários produzem menos hormônios sexuais, o que pode resultar em uma diminuição da libido.
6. Obesidade
O excesso de peso pode levar a desequilíbrios hormonais, diminuição do fluxo sanguíneo nas áreas genitais e redução da produção de estrogênio, afetando a excitação.
7. Problemas cardíacos
Condições cardíacas podem alterar os níveis de colesterol, que desempenha um papel importante na produção de hormônios sexuais, afetando a libido.
8. Álcool e drogas
Embora possam proporcionar uma sensação temporária de excitação, altas doses de álcool e drogas podem reduzir significativamente o desejo sexual e a capacidade de ter orgasmos.
9. Pílulas anticoncepcionais
Além de outros impactos no corpo feminino, esses medicamentos podem afetar a produção hormonal relacionada ao desejo sexual.
Lidando com a falta de desejo feminino
Quando se trata da falta de desejo sexual feminino, há várias razões possíveis, sendo uma delas a sobrecarga de papéis que as mulheres atualmente enfrentam. Elas têm múltiplas funções a desempenhar.
Essas responsabilidades consomem tanto tempo e energia que muitas vezes não sobra espaço para pensar em sexo. E, com isso, o sexo acaba ficando em último plano, o que inevitavelmente leva à diminuição do desejo.
Lidar com a falta de desejo sexual feminino requer uma mudança de hábitos, onde a mulher e seu parceiro ou sua parceira precisam priorizar o sexo assim como priorizam suas carreiras, filhos e finanças. Além disso, é importante buscar ajuda médica especializada e considerar a terapia sexual como uma ferramenta de apoio.
Independentemente do cenário, é crucial não desanimar. Uma vida sexual saudável é fundamental para o bem-estar da mulher, portanto, é prioritário adotar atitudes e hábitos que melhorem essa condição.